A JORNADA
A estrada
Caminhando
pela estrada quase vazia, ouço uma musica no celular que me inspira a sentir a
vida e a me encontrar comigo mesmo.
De relance
me ocorre que a bateria do celular uma hora vai acabar
E a sola do
meu tênis vai gastar
Muito antes
do que eu imaginava
E a estrada
não vai ter acabado.
Na estrada o
caminho parece sem fim
Aquele carro
que avisto lá longe no horizonte, se aproxima
Um
sentimento me envolve e aquela cena toma um significado profundo.
Ele se
aproxima na velocidade da esperança e passa por mim na velocidade de um sonho
Mais cedo do
que eu imaginava percebo que aquilo que eu procurava estava dentro de mim mesmo
Mas eu tinha
que me colocar na estrada e percorrer o inevitável caminho que me levará onde
tenho que chegar, até o próximo ponto
Parece que
sempre haverá um próximo ponto
E é na
estrada que as coisas acontecem, é me colocando no caminho que encontrarei o
que busco
E antes
mesmo de ter consciência do que busco, me coloco no caminho
Se estou
buscando é porque ainda não encontrei
O oposto seria
ficar parado, sem me colocar no caminho e assim, sem nada buscar
Na mochila
carrego somente o essencial, o que espero de mim
Ser
naturalmente verdadeiro, livre, sem me esconder
Ser simples,
viver com alegria
Poder sempre
estar em colaboração
Ser humilde
Ajudar a
tudo e a todos
Viver o amor
ao planeta encontrando formas de restaurar e assim me restaurar também
Trabalhar e
viver me permitindo expressar dessa forma
Espalhar
paz, alegria a tudo e a todos
Viver um
estado de amor
Ter uma
compreensão acima de tudo e acima até do incompreensível
Nessa busca
que será possível encontrar os que se identifiquem com a minha forma e eu com a
forma deles e assim caminharmos juntos
Sinto
necessidade de contar minha historia, por algum motivo que ainda não sei.
Talvez para escutar o próprio eco.
Acho que é
assim que as coisas vão poder acontecer
Eu acredito
e não vou parar de acreditar
Minha
historia hoje é assim
Mas amanhã
pode não ser mais a mesma
Nós nos
transformamos e as historias mudam a cada dia, a cada tempo
Os sonhos
passam uns pelos outros e quando se encontram se transformam em historias
Minha vida é
um livro para quem tiver interesse em ler.
Se encontro
alguém que tem interesse pelo meu livro, são nossos sonhos querendo se
transformar em historias.
Tênis, eu
consigo um novo
Celular, eu
recarrego e se quebrar posso comprar um outro
Amanhã serei
eu aparecendo no horizonte trazendo a esperança e compartilhando sonhos para se
transformarem em historias
INTRODUÇÃO
Todos bem
vindos a conhecer um pouco de minha historia e ficarei muito feliz se ela puder
de alguma forma inspirar positivamente.
Vamos lá!
1964
A minha
historia nessa vida começa em 12 de outubro de 1964.
Caçula de
uma familia de pai, mãe, vó e tres irmãos.
Descendência
Russa por parte da mãe, Ludmila Rotatori e Italiana por parte do pai,
Hermelindo Rotatori.
As lembranças de minha primeira infancia são do predio onde moravamos na
Vila Nova Conceição, São Paulo e nas frequentes idas ao sitio que meus pais
tinham no bairro Botujuru, na cidade de Campo Limpo Paulista.
O Sitio Botujuru foi um lugar muito marcante até tempos proximos.
No sitio brincavamos muito subindo em arvores, brincando com a terra,
nadando na cachoeira que ficava muito proxima.
A estrada era de terra, poucos carros passavam.
A casa era pequena e foi construida em 1956 tinha um fogão a lenha e uma
varanda.
Minha família foi uma das primeiras a chegar naquele lugar.
Alguns fatos marcaram a fase infantil, como o falecimento de meu irmão
mais velho, o Sergio.
Eu tinha proximo dos 10 anos e foi um momento que ficou gravado na
memoria acho que por ter sido a primeira vez que tive que lidar com a partida
de alguem muito proximo e com a morte
Outro fato que marcou foi o dia que o lago foi aterrado e
consequentemente a cachoeira secou e foi construido um campo de futebol em
cima.
Pela primeira vez sofri uma grande decepção sem poder compreender porque
aquilo tinha sido feito. Essa indignação me persegue até os dias de hoje.
Há momentos em que acho até bom não compreender certas coisas que certos
seres humanos fazem.
Os irmãos: Sergio, Andre, eu e Marisa (1967)
1970
Em 1970 fomos morar em São Bernardo do Campo, na Av. Senador Vergueiro,
no Bairro do Rudge Ramos. Até então moravamos de aluguel em São Paulo. Meu pai
trabalhava na Volks Wagen tambem em São Bernardo e estava surgindo ali um
plano de habitação popular BNH.
As primeiras experiências que tive na infância eu passei neste lugar.
Escola, amigos e a primeira namorada.
1980
1980 foi o primeiro grande divisor de aguas. A pista de skate chamada
Wave Cat foi inaugurada e ficava a poucas quadras de casa, eu ia a pé.
Meu primeiro contato com o bowl foi incrivel.. Senti uma emoção que
nunca tinha sentido.
Aquele sentimento me envolveu de uma forma que minha vida se voltou
totalmente para o skate.
Mantive os estudos, na época fazia equivalente ao colegial como curso
tecnico em Edificações.
Em um ano meu nivel tecnico no skate me permitiu competir na categoria maior que existia na epoca e fiquei com o terceiro lugar junto com os grandes nomes da epoca. Aquilo serviu para confirmar meu caminho.
A decada de 80 foi praticamente vivida em cima do skate, competindo,
buscando apoiadores e patrocinadores, treinando. Essa fase de atleta
profissional foi até 1990, quando me formei em Arquitura.
Nesse momento conheci uma garota que se chama Ludmila, nos casamos e
tivemos duas lindas filhas, a Melissa e a Marina. Muito tempo depois
seguiríamos cada um o seu caminho.
A primeira pista que construi foi no quintal de casa 1987, uma mini
rampa de madeira.
1990
Uma decada marcante para a humanidade com a chegada da internet,
computadores que abrem as portas para um tempo que viveriamos mas que não
sabiamos onde isso ia dar.
Em 1992 foi o ano de fundação da Rotatori pelo impulso e vontade de
projetar e construir pistas.
A primeira pista marcante foi a mini rampa de Piracicaba construida em
1992.
A decada de 90 foi intensa no desenvolvimento de tecnicas construtivas.
Vivemos um momento de fervor onde a criatividade era libertador e dava rumos
aos desenhos das pistas.
Usamos todos os tipos possiveis e imaginaveis de materiais, ferramentas
e tecnicas que podíamos, aço, madeira, concreto, terra, reciclado, resina,
fibras e tantas outras coisas.
Viviamos criando e cada dia uma nova descoberta.
As pessoas que se aproximavam para formar as equipes imediatamente se
tornavam amigos e viviamos como familia.
Verdadeiramente nos divertiamos trabalhando.
E andamos de skate muito durante toda a decada.
O Brasil é reconhecido mundialmente atraves de grandes nomes da geração
90.
Enquanto trabalhavamos intensamente em pesquisas, construções e
projetos, havia um movimento mundial acontecendo simultaneo. Muitas vezes
percepiamos que outras pessoas do outro lado do planeta estavam fazendo as
mesmas coisas que nós. Uma consciencia unica estava nos envolvendo.
2000
A virada do seculo veio, para o skate no Brasil, marcada pela chegada
dos X Games no Rio de Janeiro.
A Red Bull trouxe tambem grandes eventos, que já vinham do final da
decada de 90.
Os grandes eventos tinham importancia fundamental no desenvolvimento
tecnologico de construções e sistemas. Eram as grandes oportunidades que
tinhamos de buscar inovação no sentido de simplificar os processos construtivos
e aumentar a qualidade, diminuindo o tempo de trabalho e facilitando de maneira
geral todo o trabalho.
Nossa filosofia neste campo era de criar processos construtivos que
facilitassem o trabalho e que exigissem menos trabalhos exaustivos das equipes
e ao mesmo tempo aumentando a qualidade. Buscavamos a excelência mas com
processos construtivos simplificados para que todos tivessem acesso a esse
conhecimento.
Os projetos dos CEUs e da praças em São Paulo, nos trouxe uma demanda de
em torno de 50 projetos de pistas executados no espaço de um ano. Cada pista,
um desenho diferente, nenhuma igual a outra. Pequenas na maioria, mas
buscavamos levar ao projeto um desenho que permitisse diversão, criatividade e
com obstaculos e transições que possibilitavam treinar e até competições de
nivel pequeno e medio.
A maioria das pistas foram construidas em bairros ao redor da cidade e
principalmente nas periferias.
2010
A primeira decada do seculo 21 fecha com a chegada da Mega Rampa no
Brasil.
Sem duvida o maior desafio vivido pela Rotatori, falo isso em nome de
toda a equipe.
Montamos tres versões Brasileiras do evento, duas em Sao Paulo e uma no
Rio, todas no sambodromo.
Em 2007 a Rotatori cria sua base na Av Caminho do Mar, em São Bernardo,
numa casa com terreno amplo.
Neste lugar as pesquisas se intensificaram. A bio construção ancora
definitivamente nos processos da Rotatori.
As pesquisas com terra e fibras naturais são aprofundadas. Discussões
sobre os caminhos dos revestimentos se sombreavam com as reflexões sobre o
planeta e o rumo que estavamos seguindo.
Me encontrei definitivamente fazendo parte da humanidade que, como um
todo, andava pro caminho da destruição da natureza e do planeta atraves de seus
habitos e formas de vida.
O incomodo que me acompanhava durante toda a vida foi se intensificando
e atingiu o auge nesse periodo.
Minhas buscas internas me levaram para a Bio construção. Fui indicado e
presenteado a participar de uma vivencia em bio construção num lugar que se
chamava Morada Natural em 2012.
Conhecer a Morada Natural foi outro grande evento de minha vida.
Coincidiu com meus incomodos, minhas buscas e o encontro com a bio construção
na Morada Natural.
Fiquei maravilhado com as ideias da nova terra, de uma comunidade que
convivia em paz, com harmonia e amor ao planeta, cuidando. Foi um encontro para
sempre.
Depois dessa participação, não consegui me distanciar pois era essa vida
que verdadeiramente eu buscava.
Então uma tempestade interna me envolveu.
Agora eu estava diante de duas coisas que amava: o skate e a bio
construção.
Estava formando uma consciencia e reconhecendo nos dois a verdadeira
essencia da vida em harmonia com o planeta e com o universo.
Sei que parece louco tudo isso. Mas é louco mesmo.
Demorei um tempo para entender melhor tudo o que estava acontecendo.
Quando certas clarezas me foram chegando, fui percebendo que tanto o
skate como a bio construção eram ferramentas para que eu pudesse nessa vida me
expressar e viver aquilo que estava previsto para mim.
Eu e Ludmila seguimos cada um seu caminho.
A Rotatori entra num processo de transformação. Deixa de ser uma empresa
e se acende para se institucionalizar
Meu pai e minha mãe cumprem a missão na terra
Minha vida passa por um movimento de reorganização interna que dura toda
a decada.
A partir de 2016 se intensificou em mim as reflexões sobre os caminhos.
Este foi o momento em que muitas musicas vieram. A vontade de restaurar
o planeta se transforma no unico caminho. E as musicas vinham com esse tema a
partir de insights, reflexões, sonhos e por outros meios.
Conheci aí a Comunidade Figueira, um novo divisor de aguas.
Passei a compreender certas formas da vida e minha visão se amplia para
determinadas questões. Neste ponto já é claro que seja o que for ou pra onde
for a base de vida é a harmonia com o planeta, com o universo e comigo mesmo.
Uma pessoa muito especial surge dentro desse cenário no caminho.
Esse encontro me ajuda muito num trabalho de aceitação do que eu era. Foi um momento muito importante pois foi o impulso para que eu pudesse caminhar para me libertar do que me prendia.
2020 pandemia
Mais sozinho me aprofundo na minha essência.
2021 entra definindo certos caminhos.
Uma força incontrolável me leva a transformação. O rompimento com
antigos habitos confirma o caminho.
O ano termina como que encerrando o grande ciclo de vida ao qual eu
vinha desde o nascimento.
2022, a jornada
Quando vi que tudo o que tinha cabia dentro do meu carro, percebi que era hora de partir
Lugares, objetos, pessoas e tudo mais.
Foi um processo de libertação.
As coisas se organizavam para que eu seguisse em
frente.
Não sabia bem o que estava fazendo, mas fazia
simplesmente. Me sentia orientado.
Dia apos dia, um trabalho de liberação.
O ultimo lugar que deixei foi a casa de São
Bernardo, os momento finais que antecederam a saída foram muito
intensos.
Dentro do carro estava eu, os poucos objetos que
carregava comigo e três cachorras que não podiam se encontrar pois brigavam
terrivelmente. Para separa-las usava pedaços de compensado, telas e panos que
dividiam o carro e limitavam cada uma num lugar.
Saí de lá sabendo que seria a ultima vez que
pisaria naquele lugar.
Simplesmente confiava, fazendo um trabalho de
entrega que nunca imaginava que seria capaz.
Eu sabia que tinha que passar por determinados
lugares marcantes na minha vida e que esses lugares me levariam ao proximo
ponto. Ainda nesses lugares eu viveria certos incomodos mas era algo que eu
precisava fazer.
Procurei ficar forte e resistir a tudo o que me
fazia recuar.
Só comecei a me dar conta do que realmente estava
acontecendo quando peguei a estrada: eu estava entrando numa jornada e ainda
não tinha dado conta disso.
Era chegado o momento de soltar definitivamente de
tudo o que me impedia de caminhar.
Eram portas semi aberta, que me prendiam ao passado
e que eu ia fechando uma a uma.
Fiquei dois meses em uma comunidade espiritual em
Minas Gerais, cumpri o trabalho e agora eu poderia seguir para o proximo
passo.
A proxima parada seria a fazenda onde participei de
vivencias em bio construção depois de anos sem ir lá.
A fazenda estava fechada desde o inicio da pandemia
com a presença do mentor de la para os cuidados básicos.
O lugar estava desabitado. Sentia um
vazio alí. Um cenário preparado para o trabalho interno que iria fazer. Eu
viveria ali um dos momentos mais fortes da jornada.
Logo que cheguei fui recebido por um surto de
carrapatos que me colocou numa situação de incomodo fisico intenso.
A noite os caçadores rondavam os arredores
pisando por sobre o milho recem colhido andando na palha seca e
junto a eles os cães caçadores.
E eu temia pela cachorra Gaia, que me acompanhava
naquele momento. Então fechava a casa assim que anoitecia. E eram noites e
noites com o latido atravessando a madrugada.
Aquilo era para mim mais um elemento, eram as provas dentro da jornada que tentavam me afastar da caminhada.
Tive um momento onde tive vontade de desistir.
Sentimentos misturados me envolveram.
Cheguei a planejar a volta, mas de dentro de mim
veio um NÃO. Sabia que voltar agora seria como retornar para uma cela.
As vozes que me pertubavam para retroceder tentavam
me seduzir.
Decidi esperar até o dia seguinte.
O dia caiu e com a chegada da noite os sentimentos
ficaram mais cintilantes.
Os minutos pareciam horas.
O incomodo era grande. A batalha erá intensa.
Jogado de um lado para outro tentava me segurar.
Sabia que provavelmente não conseguiria dormir.
Acendi o fogão a lenha e deixei o fogo agir.
Num certo momento me entreguei, parei de lutar.
Cansado, já passava de meia noite, resolvi deitar
mesmo sabendo que provavelmente não ia conseguir dormir.
E despercebidamente adormeci.
Quando abri os olhos, vi a luz do dia. Havia
amanhecido.
Neste momento eu senti uma das maiores alegrias que
já tive e me senti forte. Fui envolvido com um sentimento de ter valido a
pena.
Estava ali e não tinha abandonado a jornada.
Fui para fora da casa e o mundo parecia outro.
Corria e gritava de alegria. Ria, abraçava a Gaia,
a cachorrinha.
Fui envolvido por sentimentos fortes de amor e
gratidão.
Agradeci a tudo e a todos.
Plantei bananeira, andei de bicicleta no patio. Eu
estava muito alegre. Ria e chorava de alegria e emoção.
E o principal, eu não fui embora, enfrentei, venci
meus proprios medos e monstros.
Sabia que haveriam outros a serem vencidos. E isso
que passei me traria uma experiencia para que as proximas provas pudessem ser
vividas.
E os dias seguiram agora com um impulso mais forte.
Foi neste momento vivendo essas agonias que tudo ficou claro.
Não há mais moitas ou esconderijos. Nu, num campo aberto, frente a frente com aqueles que me mantinham preso, fantasiados de pessoas boas e alegres, cheias de "bons conselhos" mas que na verdade vivem vigiando para terem certeza de que voce continua preso em culpas e julgamentos que eles mesmo te colocam.
Peguei as chaves das celas guardadas por esses carceres, arranquei deles. Arrebentei as grades da prisão e as chaves eu as desintegrei Não há mais copias.
Eu e ninguém merece viver preso e ninguém tem o direito nessa vida de prender e manter preso seja quem for atraves de manipulações, julgamentos e culpas colocadas e são esses carceres que não conseguem se libertar e por isso não suportam ver alguem se libertando, principalmente aqueles mais proximos. . As mascara caem e os carceres perdem seus esconderijos.
Esta clareza arrebenta os portões e grades e o caminho se abre. Com passos firmes, hora de seguir sem mais olhar para traz.
Fui convidado a conhecer um lugar numa cidade ao
sul de minas onde pude repousar pela primeira vez desde que sai para a jornada.
Esse convite veio de uma pessoa, Bela, ,incrível e muito especial.
Em alguns dias as picadas de carrapato foram
curando e essa recuperação me fortaleceu novamente.
Um inesperado chamado para ir a Brasilia muda
totalmente o rumo da minha vida naquele momento, de um dia para outro.
Os dias que vivi lá foram intensos.
Eram historias dentro de historias.
Um convite para um trabalho no Maranhão mexeu muito
internamente e presenciei certas coisas lá que me incomodaram muito.
Voltei ao sul de minas e em seguida um novo
trabalho me leva agora para o Rio de Janeiro onde permaneci até meados de
novembro.
Agora era viver os momentos finais daquele ciclo
que se completaria exatamente no dia 01 de janeiro de 2023 depois de um ano,
quando tudo começou.
2023, o novo capitulo da vida
O ano de 2022 terminou e internamente sabia que o
trabalho tinha sido feito.
E então era hora de entender o novo momento que se
apresentava.
Via um capitulo terminando e uma folha em branco à
ser escrita.
Um impulso inevitável me coloca novamente na
estrada.
Agora seria rumo ao encontro da terra que a poucos
meses recebeu o fogo que limpou e destruiu tudo o que tinha que
acabar dentro e fora de cada um que convivia com aqueles que guardam aquele
lugar para que a renovação chegasse renascendo no novo tempo.
Neste lugar aparecem os meus mais duros aspectos e pude ver claramente o que não quero mais em mim e tambem ficou claro o que eu quero para onde ir.
E neste momento estou escrevendo dentro desse
episodio. Minha janela dá pra pista de skate que estamos preparando para receber a vivencia que ocorrerá em breve.
A jornada está me levando para o lugar que eu fui construindo desde que me coloquei na estrada.
Sinto estar me preparando para o próximo ponto.
Sempre haverá um proximo ponto.
A historia continua...